“Achei que aquela dor fosse durar para sempre, de tanto que doía.
Não era dor física daquelas que a gente põe a mão pra amenizar.
Era dor de amor não tive a sorte de um amor tranqüilo.
Sentia o coração sendo rasgado, em finos trapos, bem devagarinho.
Doendo...
Rasgando...
Ferindo...
Sangrando...
E a cabeça só lembrava: você.
O chão que me faltou aos pés era o buraco em que eu queria me enterrar.
Mas queria viver!
Viver pra te ensurdecer de tanto gritar eu te amo, explodir meus
pulmões de tanto chorar, me matar pra ver se te matava, te matar pra ver se renascia.
Eu sorria quando tu sorrias, eu chorava quando tu choravas.
No fundo, só queria te fazer sentir aquilo que eu sentia, te sobreviver do meu amor.
Quantas vezes quis abrir teu peito, te arrancar o coração e colocar o meu no lugar.
Toma!
Experimenta me amar como eu te amo.
Toma!
Quantas vezes quis rasgar meu peito, te tirar lá de dentro e dizer: “
Vai!
Segue teu caminho e esquece que eu existo, já
não te preciso mais!”
Me venci. Te matei em mim.
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